1/28/2011

SESSÃO 49

::: CICLO HISTÓRIA DO CINEMA :::

O GABINETE DO DR. CALIGARI, de Robert Wiene



Marco do cinema expressionista alemão, o filme O GABINETE DO DR. CALIGARI impressiona pela sua estética inovadora, os seus cenários de ruas tortas e sinuosas e a sua atmosfera macabra impregnada de mistério.

Lançado na Alemanha em 1920, ganhou fama internacional e tornou-se um clássico. Hoje, é considerado um dos melhores produtos da cultura cinematográfica do século XX.

A acção principal de O GABINETE DO DR. CALIGARI tem a sua génese no relato do herói Francis sobre as aventuras do Dr. Caligari, um vigarista soturno que dirige um manicómio, e do seu escravo, um estranho morto-vivo. Neste filme, Caligari acaba por enlouquecer, invertendo-se na lógica maniqueísta: torna-se bom e chega a ajudar o herói do filme. Este filme foi o mote para o expressionismo alemão, de onde nos chegaram outras obras sinistras como NOSFERATU, O VAMPIRO (1922), a primeira adaptação do romance Drácula, de Bram Stoker. (in My One Thousand Movies)



31 de Janeiro (Segunda-Feira), pelas 21h30, no Cine Solmar

1/27/2011

OS NOVOS FORMATOS

Numa altura em que projectar cinema no seu formato original de 35mm, quando é esse o formato original, custa ao 9500 Cineclube, de Ponta Delgada, qualquer coisa como €340 por sessão quando as receitas médias da bilheteira não ultrapassam €100 por sessão, é forçoso encarar com seriedade e abertura as possibilidades que as novas técnologias oferecem em suportes digitais que hoje permitem projectar cinema numa qualidade muito próxima da original. Já para não referir que, hoje, muitos filmes são já produzidos em formato original digital e será esse, naturalmente, o formato indicado para os projectar.
Assim, foi com regozijo e, simultaneamente, pena que tivemos conhecimento de que a Cinemateca Portuguesa e a Federação Portuguesa de Cineclubes estavam a organizar para sábado passado um encontro justamente para discutir este tema. Regozijo, pois esta iniciativa terá sido o pontapé de saída para uma discussão alargada que importa, e muito, fazer e estes, a Cinemateca e os cineclubes, serão alguns dos interlocutores mais relevantes neste processo. Pena, pois tendo sido o Cineclube da Horta escolhido para representar a região dos Açores e não dispondo de recursos próprios para a deslocação à capital, não pudemos participar neste debate que nos parece da maior relevância.
Tivemos, no entanto, ecos e ficámos a saber que existe ainda um longo percurso a fazer até que haja uma verdadeira e completa compreensão da realidade e de todas as potencialidades que estão em jogo. Enfim, como dissemos, tratava-se do pontapé de saída!
Não tencionamos, de modo nenhum, abandonar as sessões com projecção em película! Essa será sempre a melhor forma de passar um filme originalmente produzido em película. E por isso mesmo estamos presentemente a investir na formação de um dos nossos projeccionistas com um estágio de três semanas nas secções de Identificação e Cabine da Cinemateca Portuguesa. Este é um investimento virado para o futuro pois contamos projectar ainda muitos e bons filmes.
Mas para nós, 9500 Cineclube, no entanto, é hoje claríssimo que é fundamental, não diria já para a nossa sobrevivência, essa não creio que esteja em perigo, mas antes para o nosso desenvolvimento, para que possamos oferecer aos sócios e demais interessados uma programação cada vez melhor, mais frequente e em melhores condições, a instalação na nossa sala do Cine Solmar de um projector digital de qualidade profissional.
É verdade que já fizemos projecções em suporte digital no passado. E, em regra, correram bem. Mas tal tem obrigado a uma ginástica complicada, desgastante e arriscada pois tem sido feito com base em generosas cedências que implicam montagens e desmontagens frequentes, muitas vezes sem o tempo imprescindível para testar tudo da forma recomendável.
Será esse, portanto, o próximo grande desafio do cineclube, a par com as comemorações do 1º aniversário que se avizinham com um extraordinário e ambicioso programa, a instalação de um projector digital profissional na nossa sala!

João da Ponte

1/19/2011

SESSÃO 48

::: CICLO CINEMA NO FEMININO :::

ENTARDECER, de Angela Schanelec



As personagens principais de A Gaivota, de Chekhov, reúnem-se durante três bucólicos e terríveis entardeceres de Verão.

Irene, actriz de teatro, vai para a sua casa no lago nas proximidades de Berlim, onde residem o seu irmão mais velho, Alex, juntamente com o filho Konstantin. Verão, Sol, lago — aparentemente um cenário idílico, mas as personagens estão escondidas em si mesmas. Uma atmosfera de cansaço, tristeza e amor perdido paira sobre as cenas quotidianas...



24 de Janeiro (Segunda-Feira), pelas 21h30, no Cine Solmar

1/13/2011

SESSÃO 47

::: CICLO HISTÓRIA DO CINEMA :::

O HOMEM DA CÂMARA DE FILMAR, de Dziga Vertov



Um dos filmes mais extraordinários da História do Cinema, pioneiro na utilização de todas as técnicas cinematográficas disponíveis na época.

Mostrando um homem com uma câmara de filmar pelas ruas de Moscovo, gravando um dia daquela cidade, não existe um guião ou uma história a seguir. Não existem, sequer, personagens. O operador de câmara que acompanhamos ao longo do filme acaba por ganhar inevitável destaque, função que ficou a cargo do irmão de Vertov, Mikhail Kaufman.

O que interessa sempre é a palpitação dos dias e das gentes que os compõem e abrilhantam. A vida.



Segunda-Feira (17 de Janeiro), pelas 21h30, no Cine Solmar.

1/07/2011

PINTO QUADROS POR LETRAS - JOÃO VIERA


10 JANEIRO > 21H30 > CINE SOLMAR

1/05/2011

SESSÃO 46

::: CICLO ARTES PLÁSTICAS :::

PINTO QUADROS POR LETRAS - JOÃO VIEIRA, de Gabriela Cerqueira



A transversalidade de interesses de João Vieira levam-no, plasticamente, da história da arte às culturas populares de raiz pagã, como é o caso da obra desenvolvida em torno dos caretos de Trás-os-Montes, e o seu gosto da experimentação, apoiada em aturada investigação teórica e prática (nomeadamente de materiais) e numa vasta cultura literária permite-lhe uma diversidade de experiências plásticas e culturais que integram, desde cedo, a performance (sendo pioneiro em Portugal, iniciando esta prática em 1970) e a instalação.

Segunda-Feira (10 de Janeiro), pelas 21h30, no Cine Solmar

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