7/27/2010

PROGRAMAÇÃO > AGOSTO

Em Agosto o 9500 Cineclube iniciará dois novos ciclos.

O primeiro, denominado “Saudades da Terra”, a lançar já no próximo dia 2 de Agosto com o filme Adeus Pai, de Luís Filipe Rocha, será dedicado aos filmes produzidos ou rodados nos Açores.

30 de Agosto marcará o arranque de um extenso ciclo dedicado às Artes Plásticas com a exibição de Pelas Sombras de Catarina Mourão, um documentário sobre a obra de Lourdes Castro.


2 de Agosto
Cine Solmar > 21h30

CICLO SAUDADES DA TERRA

ADEUS PAI

Realizador: Luís Filipe Rocha
Género:
Drama
Ano: 1996
Com: José Afonso Pimentel, João Lagarto, Laura Soveral

SINOPSE:
Não é só para Filipe – que, aos 13 anos, consegue realizar o sonho de conhecer melhor o pai, Manuel, numa fantástica viagem aos Açores. É também para a dona da pensão, às voltas com o retrato do pai, de quem não se lembra, omnipresente na parede da sala; e para os novos amigos do adolescente, que vão cruzar o oceano em busca do progenitor. Cada personagem de “Adeus, Pai” tem o seu próprio pai por resolver. E Filipe nem sequer é dos que se safam pior.
A surpresa de ver o pai chegar-lhe à cama, dizendo que vão de férias juntos – pela primeira vez na vida; a primeira desilusão quando, à chegada, o pai compra um monte de jornais; as confissões e intimidades; as
brincadeiras e disparates de ambos no cenário onírico dos Açores.
Mas se tudo isto é um sonho tornado realidade para o rapaz de Lisboa, às vezes a realidade prega-nos partidas que se evitam sonhando.


16 de Agosto
Cine Solmar > 21h30


CICLO CINEMA NO FEMININO

EU, TU E TODOS OS QUE CONHECEMOS
Realizador: Miranda July
Género: Comédia Dramática
Ano: 2005
Com: John Hawkes, Miranda July, Miles Thompson

SINOPSE:
Christine Jesperson é uma artista solitária que usa as suas visões artísticas fantásticas para atrair as suas aspirações e os seus objectos de desejo para mais perto de si. Richard Swersey (John Hawkes), um recém-divorciado e pai de dois rapazes, está preparado para acontecerem coisas extraordinárias. Mas quando conhece a cativante Christine, entra em pânico. A vida não é tão clara para Robby, o filho de 7 anos de Richard, que está a viver um romance na internet com uma estranha e o seu irmão de 14 anos, Peter, que se transforma na cobaia das raparigas da vizinhança que com ele praticam para os seus futuros romances e casamentos. Todos procuram laços através de caminhos difíceis e encontram redenção em pequenos momentos que os ligam a alguém na terra.


30 de Agosto
Cine Solmar > 21h30


CICLO ARTES PLÁSTICAS

PELAS SOMBRAS
Realizador: Catarina Mourão
Argumento: Catarina Mourão, Lourdes Castro
Género: Documentário
Ano: 2010

SINOPSE:
Um filme que nos faz mergulhar no universo de Lourdes Castro, mostrando-a no seu quotidiano, na casa que construiu com Manuel Zimbro (falecido em 2003) na Madeira.
"Vem ver a pintura que estou a fazer. Um bocado grande, não cabe em museu nenhum. E tão pequena, tão pequenina que todos que passam por aqui nem dão por isso. Uma tela com forma esquisita. O que vale é que não é preciso esticá-la. Por si só, ela está sempre pronta a receber pinceladas, ventos, estações, chuva, sol....".
PELAS SOMBRAS ultrapassa largamente o formato de "documentário sobre artista" para ser um belíssimo e cúmplice retrato de uma das mais singulares artistas portuguesas.

PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÕES

7/20/2010

“Bright Star”
Impressões de viagem



O amor entre o poeta John Keats e a sua vizinha Fanny Browne foi tratado por Jane Campion em Bright Star, com pudor. Com reverência respeitosa, talvez. Não é um filme extraordinário, mas um bom filme. Campion apropria-se da época vitoriana no countryside inglês, sem grandes alaridos na reconstituição de época, mas a olho nu privilegia uma cuidada e fidedigna recriação de ambiências, levando o espectador a vivenciar aquela época de forma intensa, servida por fotografia e enquadramentos que roçavam a perfeição e talvez por isso se aproximavam perigosamente da pieguice sem nunca lhe tocar.
É um filme intimista, construido com segurança e servido por boas interpretações de actores, pelo menos para mim, desconhecidos, que deixou uma impressão favorável na maioria dos presentes. Mais do que um biopic é uma reflexão sobre o amor e de como a sociedade pode glorificá-lo ou destruí-lo.

Mário Roberto

7/15/2010


Indispensável a qualquer cinéfilo

A visita da Renata from ARTilharia TV on Vimeo.

Mais um momento histórico do 9500 Cineclube. Embora nos corpos directivos deste cineclube constem os nomes de três mulheres, a verdade é que nenhuma delas compareceu a qualquer reunião. Na última tivemos porém o grato prazer de recebermos a visita de Renata Correia Botelho, poetisa, psicóloga e cinéfila, sócia fundadora desta colectividade, a qual, na sequência duma proposta sua , por escrito, em relação ao modelo de programação vigente, convidamos a apresentar e discutir ao vivo e a cores, a sua sugestão. Aqui ficam algumas imagens da reunião.

SESSÃO ESPECIALÍSSIMA > 16 JULHO

CHAPLIN vs KEATON
6 ROUNDS (3 para cada lado)
91 minutos

Moderação: Mário Roberto

*
PÓPULO CAFÉ
Praia do Pópulo

20.30h > 23.30h

PRÓXIMA SESSÃO > 19 JULHO

7/14/2010

A programação do 9500 Cineclube

Muito se tem discutido entre os membros eleitos dos corpos sociais do cineclube (pelo menos, entre aqueles que se dão ao trabalho de ir às reuniões e desempenhar todas as tarefas que possibilitam a ocorrência das sessões) aquilo que deverá orientar a nossa filosofia de programação. Recentemente, uma sócia que não faz (para já) parte dos corpos sociais, a Renata Botelho, juntou-se a nós trazendo ideias e propostas enriquecedoras para esta discussão.
Há posições diferentes entre nós, como seria de esperar e como é, aliás, salutar. É evidentemente uma discussão inacabável que sofrerá alterações de posição de todos os participantes com o decorrer dos tempos. Mas é uma discussão necessária e vital para a actividade do cineclube.
O cineclube programará filmes melhores e filmes piores (e nem quanto a isto nos entendemos completamente pois os critérios de apreciação e classificação têm sempre muito de subjectivo), isso é inevitável, mas o que é importante é que saiba porque razão programa este e não aquele, que faça as sua opções em consciência, e que este processo decorra da reflexão e do sentir que o próprio percurso do cineclube provoque entre os sócios e frequentadores. Frequentar as sessões de um cineclube não é a mesma coisa que frequentar as sessões de uma sala comercial. É muito mais do que isso e, aqui entre nós, é muito melhor do que isso!
Faço aqui um apelo para que surjam mais "Renatas" (salvo seja!). A participação de todos os interessados, aos mais diversos níveis, é importantíssima!
Nem que seja comentando no blogue e no facebook os filmes, as opções e o mais que entenderem.

João da Ponte

7/06/2010

As aventuras de Celadon em Tebas


“Tebas” de Rodrigo Areias que exibimos ontem, a iniciar o ciclo dedicado aos novos realizadores nacionais, embora disfarçado de road movie é mais uma viagem onírica. Só assim se compreende que me tenha sentido instado a empreender uma bela soneca.Mas não o fiz. Consegui resistir à insistência das pálpebras pesadas. E isso porque o filme parecia prometer qualquer coisa de bom. Enganei-me. Não só não prometeu, como cumpriu o que não prometeu. Confuso? Sim, ainda tenho as pálpebras a pesar toneladas, são oito da manhã e ainda estou em Tebas. Se calhar vou juntar-me a quem elege o cinema portugûes como o pior da Europa “quiçá”, (adoro esta palavra)do mundo. E custa-me ver um jovem realizador a fazer um filme que repisa os chavões do filme português ainda que tenha optado pelo surrealismo, menos presente no nosso cinema. Maus diálogos, salvo um ou outro momento mais engraçado, o protagonista mau actor, um anão imperceptível, enfim, a bancarrota, um crash. Mas gostei, vai lá, dos enquadramentos cuidados, da fotografia, das relíquias automóveis(embora luzidias demais) e da música (tão presente que até começou a cansar) de Legendary Tiger Man alter ego de Paulo Furtado que é também um dos protagonistas. Como diz o João da Ponte, nós não fazemos os filmes, só os projectamos. A preceder “Tebas”, pudemos ver “Corrente”, uma curta também de Rodrigo Areias. Preferi a curta à longa. Ah, antes que me esqueça: a opinião acima propalada, não reflecte necessariamente as impressões dos restantes membros da direcção do 9500 Cineclube.

Mário Roberto

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