5/21/2010

PROVAS ABONATÓRIAS

Extraordinária lição de cinema e de reflexão sobre os meios adequados a cada tipo de filme e sobre a própria história do cinema! Não sendo um dos meus realizadores preferidos, embora o considere interessante e veja a sua obra com respeito, fica claro neste documentário/entrevista de André Labarthe com Jean Douchet que Rohmer é um profundo pensador da 7ª Arte e as razões porque tem lugar incontestado entre os fundadores da "nouvelle vague", esse cinema de "autor". Foi pena a pouca afluência de público mas esta tem sido uma constante nas últimas sessões. Será actividade a mais?
É lamentável a falta de participação de tantos e tantas (incluindo membros eleitos dos corpos sociais do cineclube) que raramente ou nunca aparecem. Naturalmente que a participação é voluntária mas não posso deixar de estranhar que pessoas que se queixam do actual panorama da exibição de cinema em S. Miguel não aproveitem esta oportunidade que a criação do cineclube lhes oferece de intervir directamente propondo programações e actividades do seu interesse.
Lamentáveis também as legendas e não digo isto por serem em portugês do Brasil (um português tão legítimo quanto o nosso) mas antes por serem de fraca qualidade e rigor. Não impediram, contudo, a compreensão do filme nem servem para justificar a ausência.
Aguardando ansiosamente as próximas exibições do cineclube (o polémico "Para a minha irmã", de Catherine Breillat e "A fábrica do conto de verão", o próximo e derradeiro documentário dedicado a Rohmer) afirmo, e reafirmo, a minha convicção de que o 9500 Cineclube pode ser (e já o está a ser) um extraordinário veículo para a reflexão e debate sobre o mundo em que vivemos, que é, afinal, o papel da cultura e, portanto, também do cinema.
Até segunda, abraço

João da Ponte

2 comentários:

O Regedor disse...

Caro João,
não desanime.

No meu caso estou apenas à espera que a programação vá "mais para os meu lados" para começar a aparecer. Os gostos são assim...

Abraço,
Bruno Raposo

Unknown disse...

Caro Regedor, não estou desanimado.
E estou de acordo que os gostos são o que são...
Até por isso penso que esta é uma oportunidade de programar mais ao "nosso" gosto.


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