2/27/2010

INFO



Caros associados e amigos do 9500-Cineclube

Informamos que a sala 2 do Cine-Solmar voltou à sua configuração original pelo que a próxima sessão, 1 de Março, já contará com a disponibilidade de cerca de 80 confortáveis lugares.

2/25/2010

LEITURAS CINÉFILAS



A análise do filme | Jacques Aumont e Michel Marie [2010]
Edição: Edições Texto & Grafia | 216 págs. | 19,80€

SINOPSE: Esta obra fundamental da teoria do cinema, aborda as diversas análises de filmes praticadas dos anos 70 em diante. Baseando-se em exemplos concretos, os autores apresentam e comentam aquelas que consideram ser as melhores análises, bem como os respectivos contributos metodológicos. Procurando definir a actividade de análise, são também abordadas as análises "textual", a narratológica aplicada ao filme e a da imagem e do som. Tendo sempre presentes as relações da análise com a história, que estão na origem deste tipo de investigações, chama-se a atenção para o facto de não haver uma solução única para a análise fílmica, sendo antes discutido um conjunto de métodos possíveis. Jacques Aumont e Michel Marie são dois especialistas de renome internacional na área da teoria do cinema Ambos leccionam na Sorbonne e têm vasta obra publicada (alguns títulos já traduzidos pelas Edições Texto & Grafia). Este livro destina-se a alunos de cursos de cinema, televisão e audiovisual, interessando especialmente aos investigadores e críticos da área do cinema, sempre em busca de obras sobre esta temática.

2/24/2010

LEITURAS CINÉFILAS



O Cinema chegou a Portugal | A. J. Ferreira [2010]
Edição: Bonecos Rebeldes | 68 págs. | 8,10€

SINOPSE: António dos Santos Júnior, empresário do Real Coliseu de Lisboa, na rua da Palma, em Lisboa, comprara um projector chamado animatógrafo Rousby, o qual iria revelar a fotografia animada projectada ao público português, em 17 de Junho de 1896. O "número" de Rousby foi anunciado como "animatógrapho e cinematógrapho". Mas as coisas correram mal, pois o Real Coliseu não tinha elctricidade e o gerador alugado não foi eficaz, pelo que os 200 convidados tiveram de aceitar as desculpas de Rousby. No dia seguinte, a apresentação correu bem melhor, com oito filmes que duravam de 20 segundos a um minuto cada.

Nessa altura, estava em cena uma opereta no Real Coliseu, O comendador Ventoinha, em três actos. O "animatógrapho e cinematógrapho" foi apresentado num dos intervalos, sem encarecer o preço: 100 réis na geral. Havia um ecrã de tela branca, com dimensão de três por 2,5 metros, com a projecção feita nas costas do ecrã, humedecido para aumentar a transparência. Na escuridão da sala, sucederam-se exlamações impertinentes e obscenas, havendo espectadores que solicitariam maior controlo para evitar tais zaragateiros.

2/23/2010

AGENDA | 2ª SESSÃO



AS PRAIAS DE AGNÈS | AGNÈS VARDA [2008]
1 MARÇO | 21H30

Cineclubismo


Dentro da actual sede, encontra-se um dos maiores tesouros do Cineclube do Porto. Um espólio que foi sendo adquirido desde 1945, data da fundação do Cineclube. Numa sala do espaço estão centenas de publicações especializadas, maquinaria e películas. De acordo com a direcção, o espólio está preservado.

Já está

Éric Rohmer foi um inspirado contador de histórias. Diálogos primorosos, um pano de fundo imaculado como é Paris, actores jovens mas eficazes e pronto, deliciosos casos de amor ou desamor a correr na tela, prendendo a atenção duma plateia visivelmente em estado de graça. O cinema arredado dos grandes circuitos comerciais volta a Ponta Delgada e logo na estreia leva ao Cine Solmar cerca de setenta pessoas, o que é um balanço bastante positivo. Porque a adesão registada ultrapassou as nossas expectativas, os lugares disponíveis revelaram-se insuficientes mas isso foi rapidamente ultrapassado, com a cedência de cadeiras pela Livraria Solmar e com a compreensão dos presentes. A todos o nosso muito obrigado.

Esperamos pelo próximo filme do 9500 cineclube, As praias de Agnés da realizadora belga Agnés Varda, já na próxima segunda feira pelas 21.30h.

2/22/2010

AGENDA | SESSÃO 1



O 9500 Cineclube inicia hoje a sua actividade com o filme Les Rendez-Vous de Paris / Os Encontros de Paris (1995), incluído no ciclo Eric Rohmer, realizador do qual se exibirão ainda os filmes L’Anglaise et le Duc / A Inglesa e o Duque (2001), Triple Agent / O Agente Triplo (2004 ) e Les Amours d’Astrée et de Céladon / Os Amores de Astrée et Céladon (2007). Os filmes deste ciclo serão mostrados alternadamente com os de um outro ciclo, Cinema no Feminino, que se estreará com Les Plages d’Agnès / As Praias de Agnès (2008), o último filme da cineasta belga Agnès Varda.

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ERIC ROHMER

De seu verdadeiro nome Maurice Henri Joseph Schérer, Eric Rohmer (1920-2010, francês), adoptou este pseudónimo em referência a dois nomes para ele importantes: o do realizador austro-húngaro Erich von Stroheim e o do britânico Sax Rohmer, criador literário da série Fu Manchu.

Fez crítica de cinema em diversas revistas e, entre 1957 e 1963, foi redactor-chefe dos Cahiers do Cinéma. Escreveu artigos importantes sobre Rossellini, Hawks, Renoir e Mizoguchi, e é co-autor, com Claude Chabrol, do ensaio Hitchcock (1957). Apesar de ser um dos grandes nomes dos Cahiers e o primeiro deles a lançar-se na realização, a sua fama só ultrapassa o círculo mais estreito de cinéfilos em 1969, com Ma Nuit chez Maud. Rohmer foi também professor universitário, combinando o ensino com a realização (a sua tese de doutoramento intitula-se Organisation de l’Espace dans le “Faust” de Murnau).

Da sua filmografia destacam-se o já referido Ma Nuit chez Maud (1969), Le Genou de Claire (1970), L’Amour l’Après-Midi (1972), La Marquise d’O (1976), Pauline à la Plage (1983), Le Rayon Vert (1986) e L’Anglaise et le Duc (2001). Alguns dos seus filmes organizam-se em séries, tais como Contes Moraux (6 filmes), Comédies et Proverbes (6 filmes) e Contes des Quatre Saisons (4 filmes), claramente identificadas com a literatura. Rohmer também foi escritor.

Entre outros prémios, foi galardoado nos seguintes festivais: Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 1967, 1983 e 1992; Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, em 1970; Festival de Cinema de Cannes, em 1976; Festival de Cinema de Veneza, em 2001.

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LES RENDEZ-VOUS DE PARIS [1995]

Les Rendez-Vous de Paris, é um filme em três episódios, vagamente relacionados: Les Rendez-Vous de 7 Heures, Les Bancs de Paris e Mère et Enfant 1907. No primeiro, Esther tenta provocar ciúmes ao seu mulherengo namorado, procurando um novo amante. Encontra um bom candidato no mercado de Montmartre, com quem combina um encontro nessa noite num café de Beaubourg. Lá, ele rouba-lhe a carteira e desaparece. Mais tarde, uma estranha devolve a carteira a Esther, convencendo-a a regressar a Beaubourg para encontrar o ex-amante. Esther acompanha-a e depara-se-lhe uma surpresa. No segundo um casal passeia, namora e conversa num parque. Combinam passar dois dias num hotel, como turistas, enquanto o namorado dela está fora. Uma surpresa altera os seus planos. Na última parte, um pintor combina um encontro num café com uma turista sueca. Vendo uma outra mulher, segue-a e esquece o encontro marcado. Afinal, esta última é casada e aconselha-o quanto à sua vida amorosa. Este conselho traz surpresas ao pintor.

Realização: Eric Rohmer.
Argumento: Eric Rohmer.
Fotografia (cor): Diane Baratier.
Décors: Pierre De Chevilly.
Música: Sébastien Erms.
Montagem: Mary Stephen.
Interpretação: Clara Bellar (Esther), Antoine Basler (Horace). Mathias Mégard (Flirt), Judith Chancel (Aricie), Malcolm Conrath (Felix), Cécile Parès (Hermione), Olivier Poujol (rapaz no café), Michael Kraft (pintor), etc.
Produção: La Compagnie Eric Rohmer e Canal+.
Distribuição (França): Les Films du Losange | (Portugal): Atalanta
Produtor: Françoise Etchegaray.
Duração: cerca de 95 minutos.
Estreias: 22 de Março de 1995, em Paris, e 27 de Setembro de 1996, em Lisboa.

2/17/2010

A Inglesa e o Duque

Trailer de A inglesa e o duque, um dos últimos filmes de Rohmer que deverá ser exibido neste ciclo que vamos dedicar ao que foi um dos mais activos cineastas da nouvelle vague.

Éric Rohmer




Éric Rohmer, nascido Jean-Marie Maurice Schérer (Nancy, 4 de abril de 1920Paris, 11 de janeiro de 2010), foi um cineasta, crítico de cinema, cenarista e professor francês. Importante figura da nouvelle vague do cinema francês do pós-guerra, Rohmer foi também editor do influente jornal cinematográfico francês Cahiers du cinéma.

2/16/2010

O início



É já no próximo dia 22 que se estreia a programação do 9500, um recém nascido cineclube. Os encontros de Paris (Les rendez vous de Paris, 1995), inicia o ciclo que dedicamos ao mestre Eric Rohmer e As praias de Agnés(Les plages d' Agnés, 2009) dá o mote para outro ciclo - Cinema no feminino que decorrerá em paralelo com o ciclo de Rohmer e que se iniciará no dia 1 de Março.

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